Embarquei ao final do dia no Entroncamento, rumo a Paris. No mesmo compartimento que eu ia uma senhora de preto, da cabeça aos pés e a quem não ouvi uma palavra, até à sua saída em S. Sebastian. “Boa viagem”, disse-me.
Em Paris, procurei ficar alojado uma noite perto de Montmartre, para poder caminhar por ali a pé e ficar sentado horas perdidas na escadaria do Sacre Coeur a ver a cidade iluminar-se a meus pés. A segunda parte da viagem fez-se no dia seguinte. Na Gare du Nord, apanhei o comboio que atravessava a Alemanha durante a noite. É sozinho que gosto de viajar porque imagino sempre que um dia teria alguém que aguardasse a minha chegada em algum lugar. Quando viajamos com outras pessoas, não há essa sensação de frágil segurança…
Ainda a tempo do pequeno-almoço, chego a Copenhaga. Procuro um sítio para a minha primeira refeição do dia e alojamento. Encontrei um pequeno hostel perto do Tivoli e por ali fiquei, desenhando um plano para a cidade.
Para mim, visitar uma cidade significa passar horas seguidas num café de uma praça ou rua, a ver demoradamente as pedras das casas e do chão. A escutar os borburinhos naturais da cidade e a prestar atenção ao silêncio do tempo a passar, demorado.
Tirei as habituais fotografias para mostrar aos outros, já que raramente fotografo para mim. Saboreei cada um dos dias ali passados, deliciando-me com a delicada neblina matinal que pairava na zona do porto da cidade. As tardes, a espaços soalheiras, eram sedutores convites a ficar mais tempo na rua, observando.
No último dos cinco dias ali, choveu. As ruas estavam limpas e vazias como o meu coração.
Peguei em tudo e regressei.
Eu regresso sempre.
Em Paris, procurei ficar alojado uma noite perto de Montmartre, para poder caminhar por ali a pé e ficar sentado horas perdidas na escadaria do Sacre Coeur a ver a cidade iluminar-se a meus pés. A segunda parte da viagem fez-se no dia seguinte. Na Gare du Nord, apanhei o comboio que atravessava a Alemanha durante a noite. É sozinho que gosto de viajar porque imagino sempre que um dia teria alguém que aguardasse a minha chegada em algum lugar. Quando viajamos com outras pessoas, não há essa sensação de frágil segurança…
Ainda a tempo do pequeno-almoço, chego a Copenhaga. Procuro um sítio para a minha primeira refeição do dia e alojamento. Encontrei um pequeno hostel perto do Tivoli e por ali fiquei, desenhando um plano para a cidade.
Para mim, visitar uma cidade significa passar horas seguidas num café de uma praça ou rua, a ver demoradamente as pedras das casas e do chão. A escutar os borburinhos naturais da cidade e a prestar atenção ao silêncio do tempo a passar, demorado.
Tirei as habituais fotografias para mostrar aos outros, já que raramente fotografo para mim. Saboreei cada um dos dias ali passados, deliciando-me com a delicada neblina matinal que pairava na zona do porto da cidade. As tardes, a espaços soalheiras, eram sedutores convites a ficar mais tempo na rua, observando.
No último dos cinco dias ali, choveu. As ruas estavam limpas e vazias como o meu coração.
Peguei em tudo e regressei.
Eu regresso sempre.
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