quinta-feira, 21 de março de 2013

Vamos perpetuar

Porque é que as relações amorosas hão-de ser algo efémero, frágil, votado ao fracasso? Porque é que hão-de todas de obedecer às mesmas regras inflexíveis? Será o amor uma ciência matemática Infalível?

Não há aqui um denominador comum!

Já assisti a um vasto número de relacionamentos, de todo o tipo e que envolviam pessoas diversas, distintas, multifacetadas. Vi relações que terminaram logo na semana seguinte a terem começado, namoros que se prolongaram penosamente por meses para grande agonia das partes, namoros que duram com grande estabilidade e solidez há anos. Não há uma só verdade, uma só realidade, uma só fórmula, um só desfecho.

Acredito na relativa perpetuidade dos sentimentos, acredito que é possível lançar as sementes que gerarão um relacionamento, solidificá-lo, apaparicá-lo e conseguir que tal realidade se perpetue por um período de tempo considerável! Tudo depende do empenho das partes envolvidas e da perspectiva que estas possuem.

É necessário acreditar, por muito irrealista que possa parecer!

2 comentários:

  1. De uma forma mais "científica" por alguém que não tem formação em Neurofisiológica nem Bioética, mas que ainda dá uns toques na matéria... as relações são frágeis pois os sentimentos de amor e ódio ativam estruturas semelhantes no cérebro. Embora aparentemente antagônicos, estes se confundem e interagem em muitos momentos da vida. Cabe a nós seres humanos, portadores de uma grande capacidade intelectual, decifrar quais os sentimentos/emoções que sentimos em cada momento da vida/ ou por alguém. Este facto justifica, como as vítimas de sequestro de isolamento social e abuso sexual, mesmo reconhecendo que estão seguras de aproximação do violador, tenham sintam "amor" pelo violador.

    Será o amor uma ciência matemática Infalível? Se formos a ver a vida... é sempre uma questão matemática em que tem um fim, e um dos grandes objetivos da vida é ter uma nota muito positiva,20?100? e porque não 191? ninguém sabe qual o limite para aproveitar a vida. O mesmo se aplica as relações amorosas. Começa com uma soma entre duas pessoas, e surge o primeiro resultado "nós". Depois garantidamente vai existir momentos de subtração da relação e de soma, mas ... penso que o problema humano é só reconhecer os momentos de subtração, desvalorizando os pequenos momentos que fazem crescer uma relação. Mas serão esses momentos que iram manter a relação unida.

    E por fim, qual o denominador comum das relações, garantidamente é 2 (excepto os polisexuais). O sentimentos ganhos de uma relação devem ser sentidos por ambos os elementos da relação. Caso alguém seja mais privilegiado (nível pessoal, financeiro,...) garantidamente o denominador chegará a ter o valor zero e matematicamente qualquer numero a dividir por zero é "erro" matemático, logo... garantidamente deixará de existir relação mais cedo ao mais tarde.

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  2. O amor é eterno enquanto dura. E quanto tempo dura o amor? Não se sabe. A única certeza é a de que no momento presente temos de chegar ao fim do dia com significado. Esse dia valeu a pena. E queremos o dia a seguir. Quando olhamos para trás passaram 20, dias, 11 meses, 15 anos. E continuamos aqui enquanto valer a pena. Esse sentimento de valor é alimentado por coisas expcionalmente pequenas, quotidianas, partículas elementares ligadas por uma frágil rede, oleada a atenção e cuidado. Quem cuida segue.

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