terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Dois mil e doze

Tenho o hábito de reflectir sobre a minha vida e estabelecer objectivos em Outubro. Hoje, talvez contagiado por tantos balanços feitos por estes dias, decidi fazer aqui um (muito incompleto) balanço daquilo que foi para mim de dois mil e doze, um ano que comecei e terminei junto da minha família.

O José, por tudo e mais alguma coisa.

Reencontrei amigos, perdi pessoas, morreu gente que eu conhecia desde que nasci e pessoas que eu não conhecia (e morreu a Chavela Vargas, que era a minha cantora favorita).

De entre todos os que chegaram e partiram, destaca-se a generosa e incondicional amizade do Nuno Costa.


Magoei-me fisicamente várias vezes e fiquei triste muito poucas... Entre pés partidos, luxações, entorses, feridas, sangue no nariz e na testa, traumatismos e coisas que não me recordo, fica a sensação de que aguento mais do que penso...

Joguei rugby em muitos sítios e marquei alguns ensaios que ajudaram a minha equipa a ganhar jogos. Fiz provas de atletismo, joguei futebol entre amigos, fiz natação muitas vezes (sozinho), mas o meu desporto favorito ainda é "dar abraços".

Trabalhei motivado e grato por ter trabalho.

Viajei em Portugal e pela Europa. Estive em sítios que não conhecia e descobri sítios que conhecia bem, mas que ainda têm muito para revelar. De todos, continuo a pensar que onde me sinto melhor é na minha aldeia.

Dancei, vi filmes excelentes ("Tabu", de Miguel Gomes, o melhor) e filmes péssimos. Fui ao teatro, ao bailado, a concertos, vi exposições, fiz caminhadas, vi ranchos folclóricos, fui a festas e festejei muito. Descobri artistas novos e consagrados.

Entre tantos jantares e almoços de família e amigos, percebi que quase ninguém cozinha pior que eu (e a Bimby é que me salva).


Lutei, competi, superei-me, ambicionei, conquistei, elevei a fasquia, ganhei, perdi e tive sempre muita esperança.

Amei muito e fui ainda mais amado, porque só uma vida de amor pode valer a pena.

Esta manhã, quando acordei, pensei que em dois mil e doze, adormeci todos os dias feliz e é por isso que dois mil e doze valeu a pena.

Em vez de pedir um bom ano de dois mil e treze, farei os possíveis para ser uma pessoa melhor... estou certo que esse será o meu melhor contributo para um ano feliz.

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